Dermatologia Capilar – Queda de cabelos
A queda de cabelos tem impacto significativo na aparência e pode ser fonte de preocupação para homens e mulheres. A alopecia androgenética, também conhecida como calvície, é um problema que pode levar à perda total ou parcial dos cabelos. Embora seja mais comum entre o sexo masculino – estima-se que 80% dos homens com mais de 80 anos sofram do problema – a alopecia androgenética também pode afetar as mulheres.
Nos homens, a perda de cabelo tende a se concentrar no topo do couro cabeludo, já nas mulheres, é mais difusa. A alopecia androgenética é desencadeada por inúmeros fatores de ordem genética e hormonal e também está associada ao excesso de hormônios andrógenos (masculinos), e por isso pode ser um problema para as mulheres, que sofrem diversas alterações hormonais ao longo da vida. Embora seja um quadro de origem genética e hereditário, a existência de um ou mais casos na família não significa que, necessariamente, a calvície se manifestará.
A boa notícia para quem sofre com a perda de cabelo é que há inúmeras opções de tratamento. Para saber a opção mais adequada, é necessário consultar um dermatologista, que fará uma investigação das características e das prováveis causas do problema. Dentre as opções terapêuticas estão os medicamentos tópicos, como soluções de minoxidil e 17 alfa estradiol e orais, como a finasterida e antiandrógenos sistêmicos, como a ciproterona e espironolactona.
No caso de alopecia androgenética feminina, dá-se preferência à terapêutica tópica. Existem também lasers que podem ser utilizados para estimular o crescimento dos fios. Nos casos mais acentuados, o transplante de cabelo pode ser uma opção.
A Dermatologia é um ramo da Medicina que estuda a pele, a sua estrutura, funções e doenças. E, do mesmo modo como outras áreas da Medicina, a Dermatologia também abriu espaço para outras ramificações, entre as quais está a Tricologia – a ciência que se encarrega do estudo dos pelos e dos cabelos. Para melhor exemplificar, podemos traçar o seguinte paralelo: a Tricologia é uma subdivisão da Dermatologia, que é, como se sabe, uma divisão da Medicina, bem como a Diabetologia é uma subdivisão da Endocrinologia, que é uma divisão da Medicina. Ou seja: todo endocrinologista detém conhecimentos médicos para tratar um paciente com diabetes; no entanto, um diabetologo possui conhecimentos ainda mais específicos em relação a essa doença e às suas respectivas possibilidades de tratamento.
O dermatologista, por sua vez, é um profissional capacitado para tratar todos os problemas relacionados à pele, sendo que o couro cabeludo também é um tipo de pele que reveste o crânio, protegendo-o de traumatismos e de radiações solares. Portanto, todo dermatologista pode tratar a calvície, considerando-se que ele possui conhecimentos gerais acerca das suas causas e possíveis tratamentos.
Já ao se especializar em Tricologia, ele passa a se apropriar de saberes bem mais aprofundados para tratar todas essas questões. Para se ter uma ideia das minúcias abordadas ao longo de um Curso Superior de Formação em Tricologia, o programa publicado no site da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), fundada em 1997, dispõe de 18 disciplinas, todas em caráter obrigatório. Juntas, elas somam uma carga horária de 396 horas-aula, sendo que, para concluir esse curso devidamente qualificado e pronto a atuar num mercado de alto padrão e rigor, é necessário que, no mínimo, o aluno apresente 75% de frequência em cada uma das matérias e, ainda, 70% de aproveitamento das aulas, ministradas por renomados especialistas, mestres e doutores no assunto.
Assim como o Curso de Formação Superior, no site da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) encontramos também os programas para Tricologia Médica, Curso de Especialização em Tricologia e o Curso de Pós-Graduação em Tricologia Médica, cada qual com as suas peculiaridades. A propósito dos cursos de Tricologia Médica e de Pós-Graduação nessa área, torna-se ainda mais evidente o quanto tal especialização deve ser procurada e assimilada como um importante diferencial pelo público interessado – pacientes de médicos com essa formação e/ou clientes de clínicas de tratamento que desenvolvam um trabalho sério.
Isto porque, segundo a própria SBC* – e “[…] com todo o respeito que os cabeleireiros merecem […]”, conforme bem considera –, “o Curso de Tricologia surgiu da necessidade que o mercado mostrou de profissionais MÉDICOS bem formados na área de cabelos.” – e o próprio site que utiliza as letras maiúsculas para registrar a palavra “MÉDICOS”.
Como se pode perceber, a Tricologia é uma área de estudo que vem ganhando cada vez mais evidência no Brasil, despertando também uma grande procura por parte de outros profissionais. Atualmente, pode-se contar, inclusive, com um Curso de Pós-Graduação em Tricologia Cosmética, cuja oferta se estende para além dos médicos, contemplando o interesse de farmacêuticos, fisioterapeutas, biomédicos, engenheiros químicos, químicos industriais, esteticistas, tecnólogos e demais profissionais afins, cuja atuação esteja relacionada a tratamentos capilares.